Um total de 136 médicos angolanos regressou ao país nesta quarta-feira, após concluir uma formação de três meses em Medicina Geral e Familiar, em Cuba. Os profissionais foram recebidos nas primeiras horas da manhã no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, em Luanda, pelo coordenador da Unidade de Implementação do Projecto (UIP) do Ministério da Saúde, Job Monteiro António.
Segundo comunicado enviado ao JA Online, os médicos fazem parte do Programa Emergencial de Formação de Recursos Humanos para a Saúde, financiado pelo Banco Mundial, cujo objetivo é capacitar 38.000 profissionais de saúde até 2028, reforçando o compromisso com a cobertura universal da saúde em Angola.
Durante a recepção, os formandos manifestaram a sua gratidão ao Governo Angolano, ao Ministério da Saúde e às instituições parceiras pelo investimento na qualificação de quadros nacionais.
“Voltamos com mais ferramentas, conhecimento técnico e sensibilidade para responder com eficácia às necessidades do nosso povo. Agradecemos ao Governo de Angola e ao Banco Mundial por tornarem este sonho possível”, declarou Lívia Kitembo, médica da província de Luanda.
Também da capital, Solange Manuel realçou que a formação em Cuba não apenas reforçou a competência clínica dos profissionais, como também consolidou o compromisso com a humanização do atendimento.
“É uma aposta ganha para o sistema nacional de saúde”, frisou.
Por sua vez, Rogério Chipoia, da província do Moxico, destacou a importância de uma nova abordagem na prevenção em saúde pública:
“Apelamos aos munícipes a procurarem os serviços médicos atempadamente, mesmo em situações menos graves. O nosso papel é orientar e acompanhar, evitando sobrecargas nos hospitais e agravamento de casos que poderiam ser evitados”.
Ainda hoje, às 15h00, os médicos serão oficialmente recebidos pela Ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, no Instituto Hematológico Pediátrico Dra. Victória Espírito Santo, em Luanda. A cerimónia incluirá felicitações institucionais e a apresentação das metas da nova fase do programa.
A formação decorreu entre Março e Junho de 2025 e faz parte da preparação dos profissionais para a prova de título profissional, agendada para Setembro. A especialidade de Medicina Geral e Familiar é considerada prioritária pelo Ministério da Saúde para garantir a expansão e qualidade dos cuidados de saúde primários no país.
Este regresso simboliza o início de uma nova etapa no sector da saúde, com a aplicação prática do conhecimento adquirido no exterior ao serviço das comunidades angolanas, promovendo dedicação, eficiência e bem-estar coletivo.
CRÉDITOS: DESTAQUES
