EMPRESÁRIO MAL EDUCADO QUE TRATA GENTE COMO LIXO E PAGA MISÉRIA NO ENGEVIA

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Cresce a insatisfação popular contra o empresário Ângelo Cafranga, proprietário de uma conhecida cadeia de estabelecimentos comerciais, incluindo Pingo de CaféPingo de FolhaPingo de MolhoPingo de Beleza e o mais recente Pingo Fármaco. Moradores e ex-funcionários o acusam de adotar uma postura desrespeitosa com a comunidade, além de práticas abusivas na relação com seus trabalhadores.

Segundo relatos ouvidos pela nossa equipe, Ângelo Cafranga mantém uma conduta marcada pela arrogância e pelo desprezo à população local, referindo-se aos moradores de forma depreciativa e tratando os clientes com distinção baseada em classe social. Uma das declarações atribuídas ao empresário e amplamente criticada nas redes sociais teria sido: “O povo do Engevia é tudo do mato”. A fala gerou indignação e foi interpretada como uma manifestação de preconceito contra o próprio público que frequenta e sustenta seus negócios.

Um morador que preferiu não se identificar reforça essa percepção:
“Eu tenho casa na Engevia, já estive várias vezes no Pingo de Molho. A maioria do pessoal que vive aí é muito atrasado mesmo. E o dono do espaço não tem educação”, afirmou.

As críticas ao empresário não param por aí. Diversos relatos apontam para um ambiente de trabalho tóxico, marcado por desrespeito e remuneração abaixo do mínimo legal. Funcionários atuais e antigos afirmam que há trabalhadores recebendo apenas 20.000 Kz, valor muito inferior ao estabelecido por lei, sem quaisquer benefícios ou garantias.

Além dos salários baixos, há acusações de tratamento desumano e arrogante com os empregados. Muitos afirmam que, mesmo diante de situações de humilhação, permanecem calados por medo de perder o emprego. “Aqui, muita gente não estudou, não tem para onde ir. E ele se aproveita disso. Pega pessoas desfavorecidas, que sofrem muito para ter um trabalho, e paga uma miséria”, disse um funcionário, sob anonimato.

Moradores denunciam ainda que ninguém tem coragem de confrontar o empresário, pois o medo da demissão fala mais alto. “É fácil comprovar isso. Basta conversar com quem trabalha com ele. A maioria está ali por necessidade e aceita toda forma de humilhação porque não tem outra opção”, afirmou um ex-colaborador.

Moradores exigem investigação das autoridades

Diante das denúncias, lideranças comunitárias e moradores do Engevia pedem uma resposta urgente das autoridades competentes, como a Inspeção-Geral do Trabalho e órgãos de fiscalização local. A comunidade exige investigação rigorosa e responsabilização, caso sejam confirmadas as irregularidades.

“Não é aceitável que alguém enriqueça à custa do nosso povo e ainda nos trate como se fôssemos descartáveis”, declarou um morador durante uma roda de conversa comunitária. “Exigimos respeito, dignidade e justiça para quem trabalha e consome aqui”, completou.

Enquanto as denúncias ganham força e se espalham pelas redes sociais, cresce o apelo por mais fiscalização sobre o comportamento de empresários que atuam em zonas populares especialmente em contextos de vulnerabilidade, onde a necessidade da população tem sido usada como escudo para práticas abusivas.

CRÉDITOS:LUNDA SUL LINE

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