Representantes de organizações juvenis exortaram este sábado 06, em Luanda, ao presidente do Conselho Nacional da Juventude (CNJ), Isaías Kalunga, para concorrer a um segundo mandato, tendo em conta a capacidade de organização e mobilização na busca de soluções para problemas que enfermam os jovens angolanos.
A solicitação tem como base os programas desenvolvidos pelo CNJ, nos últimos anos, e o êxito da Cimeira Pan-africana da Juventude, que Angola acolheu de 9 a 12 do corrente mês, em Luanda, com a participação de centenas de delegados provenientes dos 55 países africanos.
Os representantes das organizações juvenis falavam à ANGOP a propósito das acções desenvolvidas pelo CNJ, com o intuito de resolver a problemática da habitação, emprego, formação profissional e académica da juventude, esta última com a atribuição de bolsas de estudo para o ensino médio e superior.
O líder da Juventude do PRS, Jaime Vunge, disse que irão fazer uma petição a Comissão Directiva e outra a Mesa da Assembleia Geral do CNJ, para que Isaías Kalunga concorra a mais um mandato, tendo em conta que em Novembro de 2026 concluirá o seu primeiro mandato a frente dos destinos da plataforma juvenil.
Corroborando da ideia, o líder da Juventude da FNLA, Carlos Cassoma, lembrou que dois mandatos constituem um imperativo estatutário, pelo que torna-se normal apostar no actual presidente da plataforma para ficar mais cinco anos, porquanto tem mostrado competência e galvanizando o conselho da juventude.
Enfatizou que fruto da sua intervenção em questões globais, Isaías Kalunga tornou-se um líder juvenil de referência na arena internacional, dando como exemplo a mais recente cimeira pan-africana da juventude que agregou mais de três mil jovens, numa organização do CNJ.
Já Mario Fernandes, presidente da União Nacional dos Estudantes de Angola UNE-Angola, destacou a trajectória política do líder juvenil, tendo garantido o seu apoio em caso de uma eventual candidatura a sua sucessão.
Sobre o assunto, a coordenadora nacional da Pastoral Juvenil da Igreja Católica, VilmaTchissola Neto, referiu que com a realização da cimeira Pan-africana da Juventude, Angola atingiu o topo da liderança juvenil internacional, pelo que se ele não quiser mais dirigir o CNJ, sairá em grande em 2026.
“A sua entrega e dedicação em prol dos problemas que enfermam à juventude, fez dele um jovem de todos. Entretanto, se eventualmente decidir continuar a dirigir o CNJ no mandato 2026/2031 e apresentar a candidatura, terá o meu apoio incondicional”, disse.
Os responsáveis juvenis solicitaram a continuidade dos programas implementado pelo CNJ neste mandato, entre os quais de atribuição de bolsas de estudos, cidade agrícola da juventude, empregabilidade juvenil, entre outros.
Recomendaram a partilha e dessiminação destes programas com responsáveis juvenis de outros países de África, no sentido de serem reproduzidos para, com a força da juventude, se ter um país e um continente produtivo e industrializado.